CRESS/SE foi às ruas contra a perda de direitos durante a histórica greve geral desta sexta-feiraA última sexta-feira, 28 de abril, foi um momento histórico para luta dos trabalhadores e trabalhadoras em Sergipe e no Brasil, quando foi realizada Greve Geral em todo o país. O Conselho Regional de Serviço Social 18a. Região – Sergipe (CRESS/SE) apoiou e esteve presente nas ações de luta que integraram a programação da greve, convocou a categoria para participar das atividades e aderiu à greve, suspendendo, por meio de portaria, o atendimento no regional, na última sexta-feira.
Com a participação de todas as centrais sindicais, a greve foi extremamente vitoriosa. Ainda de madrugada, parte do movimento fechou as garagens de ônibus da capital, evitando o funcionamento do transporte público, diversas estradas que levam a Aracaju e pontos estratégicos de acesso ao centro da capital também foram fechados. Ainda pela manhã, foram realizados piquetes em vários pontos da cidade, e as lojas do centro de Aracaju foram fechadas durante todo o dia.
Nossa Senhora da Glória também aderiu ao movimento paredista. O centro comercial da principal cidade do sertão Sergipano não funcionou durante a greve. A presidenta do CRESS/SE, Itanamara Guedes, esteve na capital do sertão e contribuiu diretamente para o sucesso desta ação de luta.
À tarde, 60 mil pessoas foram às ruas manifestar sua profunda indignação contra os retrocessos impostos pelo Governo Golpista Temer. Trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade das mais diversas categorias, estudantes, desempregados, militantes sociais e sindicais, tingiram as ruas de Aracaju de vermelho numa das maiores marchas já realizadas na capital.
Os/as assistentes sociais participaram ativamente da manifestação. Com faixa em punho e palavras de ordem na garganta, a categoria marchou da praça General Valadão, onde a massa de pessoas se concentrou, passando pelas ruas do centro comercial de Aracaju, até o bairro 13 de julho.
Todas as manifestações aconteceram para mostrar que a população não vai aceitar a reforma da previdência, a reforma trabalhista, a terceirização, e toda e os sucessivos golpes dados à classe trabalhadora e à população mais empobrecida e vulnerabilizada. São ataques aos direitos dos trabalhadores, o cancelamento de programas sociais e consequente redução de serviços prestados à população.
“Não são reformas, é a retirada de nossos direitos! Não são reformas, é a destruição das leis trabalhistas! Não são reformas, é a destruição da aposentadoria, é a destruição do bem estar da população desse país! Por isso que estamos nas ruas. E se eles não recuarem, nós vamos continuar em greve!” destacou Itanamara.
“Estas medidas sintetizam a política que está sendo adotada pelo governo golpista de Michel Temer, baseada no desmonte da seguridade social, no esfacelamento do estado de democrático e de direito e na concepção de Estado Mínimo” alertou a presidenta do CRESS/SE.